No dia 28 de março de 2002, quando vi Jesus pela primeira vez, nesse minuto, nesse exato momento, eu entendi que alguma coisa tinha mudado realmente na minha vida. Eu entendi que aquele compromisso que me estava sendo proposto era uma coisa muito maior do que eu própria.
E nesse minuto eu resolvi aceitar e me comprometer de uma forma extremamente abrangente e inequívoca no sentido da minha evolução. Eu entendi que o que estava ali em causa não era esta Alexandra, o que estava ali em causa era a evolução da Alma de um ser que por acaso desta vez se chama Alexandra. E esse meu compromisso tem sido seguido da melhor maneira que eu consigo e posso. Claro que nunca a 100%, porque nada é absoluto nesta vida.
Estamos numa dimensão dual, numa dimensão em que às vezes temos retrocessos, às vezes não conseguimos, às vezes não sabemos e às vezes até nem sabemos que não sabemos.
Há muitas meditações em que eu vou lá acima só para perguntar o que eu não sei que não sei, isto é, o que está na hora de eu saber que nem sequer desconfio que não sei.
Nesse minuto em que vi Jesus, eu entendi que o que estava em causa era a minha evolução. Por isso eu fiz esse compromisso dele me ajudar a evoluir da forma mais rápida, mais direta, mais clara, mesmo que doesse, mesmo que a dor fosse insuportável. E às vezes tem sido. Às vezes vou a dores muito antigas, insuportáveis, mas sei que se eu encarar a dor, se eu fizer o luto, se eu chorar o que tenho que chorar, a dor vai se embora. E tem ido.
Hoje eu sinto que sou uma pessoa muito mais feliz, muito mais leve, muito mais tranquila do que alguma vez pensei que conseguisse ser. E sei que tudo isto se deve a este compromisso, à ajuda e energia deste Ser de Luz, a quem nunca terei palavras para agradecer.
Eu não sou católica, nunca fui. Nunca li a Bíblia. Um dia, numa Meditação, Jesus disse:
– Há coisas na Bíblia que foram mal traduzidas, mal interpretadas. Uma das frases da Bíblia de vocês diz:
– “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mas essa frase não é bem assim. A frase é:
– “Muitos são chamados e poucos O vão escolher.”
E essa frase é uma verdade até hoje. Poucos vão comprometer-se. Porque o compromisso dói. É difícil. O caminho é o menos provável, é o menos seguro. Mas quando nós compreendemos que é a única via – a via evolutiva – e aceitamos, a ajuda é infinita.
E essa é uma das particularidades do caminho. O caminho não é só de sacrifício. O caminho do compromisso é feito de entrega, de vez em quando dói – e muito – mas exatamente por doer sabemos que o que está ali não está leve. Então limpamos. E logo a seguir vêm as bênçãos. E depois da bênção, surge mais alguma coisa para trabalhar, para limpar. E nós, como estamos comprometidos, encaramos o desafio, vamos lá, fazemos o nosso luto, deixamos doer, limpamos, e depois vem mais uma bênção. E esse ciclo infinito de dor e de alegria é do que é feita a dualidade da matéria. Na realidade nós viemos aqui para isso, para esse caminho evolutivo que nos levará, quem sabe, a termos processado todos os altos e baixos, todos os polos desta dualidade. E vai chegar o dia, depois de tantas vidas de sofrimento e algumas de compromisso, em que não precisaremos mais da matéria e possamos finalmente voltar para casa.